A mulher prática e moderna tem se perguntado: "Por quê amamentar ?" Alegando a falta de tempo e supervalorizando as dificuldades iniciais que podem advir com o aleitamento.
Antes de mais nada, é preciso que as mães realmente sintam-se motivadas e acreditem que amamentar é a melhor opção. O ideal é que esta certeza exista ainda durante a gestação, onde devem ser tomadas várias medidas que visam preparar o seio para a amamentação como, por exemplo, exercícios de preparação dos mamilos que os adaptam para a sucção que o bebê irá fazer no ato da mamada, uma vez que mamilos despreparados podem dificultar a amamentação ou mesmo fazer com que a mãe desista de amamentar seu filho.
Para que isto não aconteça, a mãe deve acreditar no poder da amamentação quando seu filho ainda estiver no ventre para que tenha todo o período da gestação para preparar seus seios e sua mente, contribuindo para o sucesso da amamentação.
Muitas são as vantagens que a amamentação pode trazer para o bebê, para a mãe e para a família.
Vantagens para o bebê
O leite materno contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida:
- Tem água em quantidade suficiente; mesmo em clima quente e seco o bebê que apenas mama no seio não precisa nem mesmo de água!
- Contém proteína e gordura mais adequadas para a criança;
- Vitaminas em quantidades suficientes. Não há necessidade de suplementos vitamínicos;
- Embora não possua grande quantidade de ferro, este é bem absorvido no intestino da criança;
- Quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo;
- É de fácil digestibilidade, sendo, portanto mais facilmente absorvido pelo bebê o qual mama com maior freqüência do que aquele que toma mamadeira.
De uma forma geral, as crianças que mamam no peito são mais inteligentes.
Aumenta o laço afetivo mãe-filho, fazendo o bebê sentir-se amado e seguro: crianças que mamam no peito tendem a ser mais tranqüilas e mais fáceis de socializar-se durante a infância.
Facilita a liberação de mecônio (as primeiras fezes do bebê), diminuindo o risco de icterícia e protegendo contra obstipação (prisão de ventre).
O leite materno promove o crescimento no intestino da criança de microrganismos (lactobacillus) que fermentam o açúcar do leite (lactose) tornando as fezes mais freqüentes e menos consistentes, principalmente nas duas primeiras semanas de vida. Estes microrganismos impedem que outras bactérias se instalem e causem diarréia.
Leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor.
Crianças que tomam mamadeira têm maior risco de obesidade na vida adulta.
O leite materno protege o bebê de infecções (especialmente diarréias e pneumonias);
Possui anticorpos, leucócitos e outros fatores anti-infecciosos, que protegem contra a maioria das bactérias e vírus. Portanto, crianças que mamam no peito tem risco 11 vezes menor de morrer por diarréia, 4 vezes menor de morrer por pneumonia do que os bebês alimentados com leite de vaca ou artificiais.
Nos bebês, o ato de sugar o seio é importante para o desenvolvimento da mandíbula, dentição e músculos da face, contribuindo também para outros benefícios, como o bom desenvolvimento da fala.
- Diminui o tempo de sangramento pós-parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal:
- Quando a criança suga, a hipófise posterior da mãe é estimulada a produzir um hormônio (ocitocina) que contrai o útero diminuindo o sangramento e favorecendo que o útero volte mais rapidamente ao volume normal.
- Durante o último trimestre da gestação a mulher acumula energia sob a forma de gordura para cobrir os gastos calóricos com a amamentação. E, calcula-se que a mulher que amamenta exclusivamente gasta 704 Kcal/dia. Portanto, a amamentação ajuda a mãe a voltar mais rápido ao seu peso pré-gestacional uma vez que gasta as calorias acumuladas.
É um método natural de planejamento familiar (evite novas gestações):
O aleitamento materno exclusivo em sistema de livre demanda (inclusive durante a noite), nos seis primeiros meses após o parto, desde que não surja menstruação, é um bom método de planejamento familiar (MÉTODO DA AMENORRÉIA DA LACTAÇÃO), com falha estimada inferior a 1,8%.
Pode reduzir a chance de câncer de ovário e de mama:
Estudos de populações demonstraram que mulheres que amamentaram com maior freqüência e por mais tempo, tiveram menor risco de câncer de ovário e de mama.
É mais fácil e prático para a mãe:
Está sempre pronto e na temperatura certa. Não se erra no preparo e nem há risco de contaminação. Não necessita de utilização de recursos domésticos para sua aquisição.
Aumenta o vínculo afetivo mãe-filho:
Estudos têm demonstrado que o contato do bebê com peito e o estímulo da amamentação na primeira hora após o parto, favorece o êxito da amamentação, prolongando o seu tempo e diminuindo o risco de abandono de crianças.
Vantagens para a família:
- A amamentação é mais econômica para a família. No Brasil, um bebê pode custar metade de um salário mínimo por mês (incluindo mamadeiras, bicos, leites infantis, complemento, gás, remédios etc.);
- Como os bebês amamentados adoecem menos, os pais desses bebês têm menos problemas cuidando de crianças doentes, isso significa mais tempo para toda a família;
- Melhora a qualidade de vida das crianças e de toda a família.
Fonte e mais informações: http://www.nutriweb.org.br/n0101/amament.htm
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