quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Triglicérides

Os triacilgliceróis são gorduras derivadas dos alimentos que ingerimos nas refeições como carnes, leite, frituras ou óleo adicionado na preparação dos pratos.  Resultam da combinação de uma molécula de glicerol com três ácidos graxos, representando em média 95% do óleo ou de gordura que consumimos (PHILIPPI, 2008). São armazenados nas células do tecido adiposo em grandes quantidades (10-15 Kg.), possuem função de armazenar energia no organismo e em quantidades bem superiores do que na forma de glicogênio (carboidrato) (SILVIA, 2007).

Porém, quando consumimos uma quantidade acima do recomendado desse tipo de gordura ou se está dentro de fatores de risco, como a obesidade, estresse, ingestão de álcool, dietas com alto teor de gordura, a gravidez, estrogenoterapia, terapia de glicocorticóides e diversas doenças (diabetes, pancreatite aguda, síndrome nefrotica, gota e uremia) os níveis de triglicerídeos ficam aumentados (RAVEL, 1997).

O seu aumento é preocupante, pois a hipertrigliceridemia (valores aumentados de triglicérides) pode ser visto como um marcador para o aumento do risco de doenças cardiovasculares (NATIONAL INTERNATIONAL HEALTH, 1993). Devido a isso foram estipulados valores de referência para o seu controle. Valores inferiores a 150mg/dl são classificados como normais, valores de jejum entre 150mg/dl e 500mg/dl representam um problema preocupante, porque tais níveis estão associados a um risco de aproximadamente duas vezes maior para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e valores acima de 500mg/dl são considerados altíssimos e devem ser tratados com urgência (HENRY, 1998).

Porém a hipertrigliceridemia é considerada um distúrbio de fácil controle, isso porque os níveis de triglicérides podem ser controlados por mudanças nos hábitos do estilo vida com êxito. Uma dieta saudável, praticar atividade física regular e restrição de bebidas alcoólicas são fundamentais para diminuir os níveis com sucesso (FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008).

A alimentação é um ponto essencial. O consumo de alimentos ricos em ômega 3 (peixes como a cavala, salmão, atum, truta e sardinha, semente de linhaça são as melhores fontes) exercem um efeito positivo na diminuição dos níveis de triglicérides (KRIS-ETHERTON et al., 2001).

 Veja a seguir algumas dicas para auxiliá-lo no controle da hipertrigliceridemia:

Preferir
  • Cereais integrais: farelo de trigo, arroz integral, pão integral;
  • Carnes magras (coxão duro e patinho);
  • Não consumir calorias a mais do que o necessário (a perda de peso ajuda no controle);
  • Folhas verde-escuras (espinafre, couve, agrião, escarola);
  • Salada à vontade em todas as refeições;
  • Trocar o adoçante pelo açúcar;
  • Fracionar as refeições (5-6 vezes ao dia);
  • Consumir alimentos fonte de ômega 3.
Evitar
  • Alimentos a base de farinha de trigo refinada (pães, bolos e biscoitos);
  • Alimentos ricos em açúcar e em gorduras;
  • Refrigerantes;
  • Evitar bebidas alcoólicas é fundamental.
Sabe-se que uma associação entre uma alimentação saudável e exercícios físicos potencializam a diminuição dos níveis de triglicérides no organismo. Quando a prática de atividade física é regular, pode-se observar uma melhora do perfil lipídico em longo prazo. O tipo de exercício mais indicado é o aeróbio, porém, exercícios de força e flexibilidade também são recomendados (BLAIR,1996).


A importância dos exercícios físicos aliados à alimentação

Uma vida ativa, associada a uma dieta adequada, constitui importante fator na promoção da saúde e no combate à obesidade.


É importante lembrar que os exercícios físicos não estão relacionados somente à prática de esportes ou freqüência a academias – o deslocamento diário de uma pessoa (a depender do meio de transporte utilizado) ou atividades domésticas e ocupacionais consistem em exercícios cotidianos que combatem diretamente o sedentarismo.

O oitavo e nono passo referente aos dez passos para o peso ideal do Ministério da Saúde do Brasil dizem:

8. Aumentar a atividade diária. Ser ativo é se movimentar. Evitar ficar parado, você pode fazer isso em qualquer lugar;

9. Subir escadas ao invés de elevador, caminhar sempre que possível e não passar longos períodos sentado assistindo à TV.

A variedade de alimentos deve ser constante em todas as refeições, ela irá auxiliar no desempenho nos exercícios. Essa dieta deve conter carboidratos (principal fonte energética utilizada pelo nosso corpo), proteínas (serão utilizadas como fonte de energia na ausência de carboidratos), vitaminas e minerais (para neutralizar os efeitos dos radicais livres); sem esquecer a importância da água para nosso corpo nos processos de hidratação. As frutas e sucos são recomendados para evitar fadiga durante a realização dos exercícios.

Quanto maior for à intensidade do exercício mais os músculos irão utilizar as reservas energéticas presentes nos alimentos ricos em carboidratos.

Benefícios associados à prática de exercícios físicos:

  • Melhora a circulação sangüínea, diminuindo a quantidade de gordura no sangue;
  • Melhora o sistema venoso;
  • Diminui a incidência de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade;
  • Ocorre a liberação de endorfina que proporciona uma sensação de bem estar;
  • Reduz os níveis de gordura e pressão arterial.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Emagrecimento

O ser gordo ou magro na sociedade atual é veiculado pela mídia, na maior parte das vezes, sem relação com a saúde. O ideal é o corpo magro, sem que se levem em conta diferenças genéticas. O ser gordo pode também significar falta de controle de impulsos, preguiça ou ser relaxado. Com a transmissão desses conceitos é evidente que o sobrepeso pode ser um fator de sofrimento para aqueles que não alcançaram um corpo perfeito (ADES; KERBAUY, 2002).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde é “o completo bem-estar e pleno desenvolvimento das potencialidades físicas, psico-emocionais e sociais e não a mera ausência de doenças ou enfermidade”. Dessa forma, o ser humano está saudável quando apresenta uma relação produtiva e harmônica com o seu meio ambiente, na sua cultura e na época vigente (WHO, 1998).

No Brasil, cinco em cada cem crianças de até 14 anos têm peso excessivo e estão sob o risco de desenvolver hipertensão arterial. Portanto, o problema não se restringe às mulheres ou à população adulta. Nos Estados Unidos, 25% das crianças já apresentam sobrepeso ou são obesas (WHO, 1998).

A maioria das pessoas já fizeram dietas sucessivas e obtiveram a  recuperação do peso. O critério de 20% de sobrepeso é considerado como de risco de saúde, aumentado para doenças graves. Manson et al. (1990) sugerem que mesmo um sobrepeso pequeno de 5% aumenta o risco.

Lissner et al. (1991), mostram que há relação entre a variabilidade de peso corporal e o risco de mortalidade por doença coronariana. Portanto apesar de haver controvérsia muitos dados salientam a importância da manutenção de peso.

Segundo Ades (2002), para efetuar as mudanças no controle de peso, é necessário:
 (a) a decisão de agir
 (b) a manipulação da necessidade de comer seguida da manipulação do comportamento alimentar em si;
 (c) a manipulação do período imediatamente anterior ao tratamento quando a não adesão é iminente;
 (d) a manipulação do período após o tratamento, a médio e longo prazo, quando as dificuldades aparecem.

Dicas para emagrecer de uma maneira saudável:
  • Faça de 5 a 6 refeições todos os dias, sendo 3 principais ( café da manhã, almoço e jantar) e pequenos lanches. O fracionamento correto da dieta fará com que seu metabolismo aumente pelo menos 20%, com isso você pode perder gordura até mesmo sem restrição calórica;

  • Aumente o consumo de fibras. Prefira os alimentos integrais (arroz, pão, biscoitos, macarrão) no lugar dos tradicionais e consuma de 4 a 5 porções de verduras e legumes todos os dias. As fibras atrapalham a absorção da gordura e dos açúcares, favorecendo o metabolismo, sendo uma aliada ao emagrecimento;
  •  Evite o consumo excessivo de carboidratos à noite, ou seja: massas, pães, frutas e doces. Durante a noite estamos mais próximos ao nosso metabolismo de repouso, necessitando assim, de uma menor quantidade de energia. A ingestão excessiva de carboidratos neste período proporciona um aumento das reservas de gordura, fato indesejável para as pessoas que querem perder ou manter o peso. É importante que o jantar sempre seja uma refeição menos farta que o almoço;

  • Mastigue bem os alimentos. Esse processo permite que a chegada do alimento ao estômago seja lenta, o que implica em maior tempo para o órgão enviar uma mensagem de saciedade para o cérebro diminuindo a vontade de comer mais, ou seja, muitas vezes o excesso;

  • Evite o consumo de calorias vazias (doces, balas, açúcar refinado). O corpo utiliza uma parte como fonte de energia e o restante é acumulado na forma de gordura;
  • Aumente o consumo de frutas para 4 porções todos os dias. As frutas além de fornecer vitaminas, minerais e fibras, possuem a frutose, açúcar que pode ajudar a diminuir a vontade de comer doces;

  • Evite o consumo de gordura animal. Retire a pele ou gordura aparente das carnes e diminua o consumo de manteiga e ovos;

  • Prefira as preparações mais saudáveis: carnes, frango ou peixe sempre assados, grelhados ou cozidos. Evite preparações fritas que aumentam muita a quantidade de calorias.

  • Fique atento as informações nos rótulos dos produtos. Na hora de escolher prefira com menor quantidade de calorias e gorduras.


Alimentos que rejuvenescem

Quem nunca ouviu falar que somos aquilo que comemos? A boa alimentação tem reflexo no nosso corpo. Cada nutriente tem papel importante para o bom funcionamento do organismo e alguns deles agem inclusive contra o envelhecimento: são os chamados alimentos antioxidantes.


Como o próprio nome diz, esse grupo de alimentos (frutas, legumes e verduras) protege o organismo combatendo a ação danosa dos radicais livres – os quais, em grande quantidade, acabam por danificar as células, promovendo o envelhecimento. Os radicais livres são o resultado dos raios solares, radioterapia, tabagismo, consumo excessivo de álcool, atividades físicas intensas, uso de medicamentos ou drogas, estresse emocional e desequilíbrio nutricional, entre outros fatores.

Aposte em vitaminas
É fundamental que em todas as refeições estejam presentes alimentos ricos em vitaminas C e E, betacaroteno e zinco, entre outras.

Confira onde encontrar esses “ingredientes” que ajudam o seu organismo a ficar jovem por mais tempo.

Vitamina C
Encontrada em frutas cítricas, vegetais folhosos crus e legumes. Os fumantes perdem esses nutrientes consideravelmente; caso não consigam parar de fumar, é necessário consumi-los em maior quantidade.

Vitamina E
Encontrada nos óleos vegetais como milho, soja e girassol; no gérmen de trigo; aspargos, abacate, frutas vermelhas, vegetais de folhas verde-escuras, legumes, semente de linhaça, nozes e castanhas em geral.

Betacaroteno
Encontrado em frutas e vegetais amarelo-alaranjados, vegetais folhosos verde-escuros.

Flavonóides
Berinjela, beterraba, morango, uva, ameixa, cereja e soja contêm o nutriente.

Selênio
Presente na castanha do Brasil, atum, gérmen de trigo, farelo de trigo, brócolis e couve.

Zinco
Frutos do mar, peixes, carne vermelha, cereais integrais, leguminosas, milho e ostras são as principais fontes.

Licopeno
Encontrado nas frutas vermelhas como melancia, tomate, goiaba.

Cobre
Encontrado nas nozes, leguminosas, cereais integrais, frutas secas, aves, ostras e mariscos.

Cardápio antioxidante
Rosana Raele, nutricionista do Centro de Medicina Preventiva Einstein, sugere o cardápio completo rico em substâncias antioxidantes.

Café da Manhã
•          copo de suco de laranja
•          1 xícara de café com leite (preferência semidesnatado ou desnatado)
•          2 fatias de pão integral (quanto mais grãos melhor!).
•          1 fatia de queijo branco
•          ½ mamão papaia com 1 colher (sobremesa) de farelo de aveia

Lanche da manhã
•          3 castanhas do Brasil ou frutas secas (damasco, figo etc.)

Almoço
•          Salada de folhas verde-escuras + tomate, regado com 1 colher (sobremesa) de azeite
•          3 colheres (sopa) de arroz integral
•          Filé de peixe grelhado (pode ser atum)
•          Seleta de legumes
•          Sobremesa: 1 fatia de melancia ou goiaba vermelha
Lanche
•          1 copo de leite (de preferência semidesnatado ou desnatado) batido com morangos (fruta vermelha) e 1 colher (sobremesa) de semente de linhaça triturada
•          1 fatia de pão integral
•          1 colher (sobremesa) de cream cheese

Jantar
•          Salada mista com folhas verde escuras com berinjela
•          Arroz integral
•          Frango grelhado
•          Brócolis refogado
•          Sobremesa: 1 cacho de uvas

Ceia
•          1 copo de suco de soja ou chá de erva-doce e camomila com 3 unidades de biscoitos integrais.


domingo, 21 de novembro de 2010

Menopausa: como chegar lá com saúde

A pré-menopausa ou climatério é o período de transição que ocorre de 2 a 4 anos antes da última menstruação e caracteriza-se pela irregularidade nos ciclos menstruais, diminuição nos níveis dos hormônios sexuais (progesterona e estrógeno) e presença de alguns sintomas como suores noturnos, fogachos (ondas de calor), perda da lubrificação vaginal, depressão, irritabilidade, ansiedade e insônia. Estes sintomas variam de uma pessoa para a outra. 

Quando os hormônios diminuem, são observadas alterações na pele e curvas da mulher. Isto acontece porque a falta de colágeno leva à perda de elasticidade da pele e dos vasos sangüíneos, com redução da massa muscular e aumento de gordura corporal localizada... Ah, bendita barriguinha! A queda do estrógeno também leva a um aumento das taxas de colesterol e triglicérides que, por sua vez, pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

Ocorre, ainda, um prejuízo na captação e absorção de cálcio pelos ossos levando à osteoporose.
Por isso, é importante que você comece a cuidar de sua alimentação agora mesmo. Mas, que alimentos são indispensáveis para a mulher nesta fase? Neste período é preciso preservar a massa muscular e reduzir o acúmulo de gordura corporal para prevenir a osteoporose, fortificar o sistema imunológico etc.

As regras básicas são:
·         Beber muita água - de 8 a 10 copos de água e sucos por dia. Isso ajuda a regular a temperatura do corpo pela transpiração, leva embora toxinas pela urina e transporta nutrientes e outras substâncias pelo corpo inteiro.

·         Evitar alimentos ricos em cafeína (café, chá mate, chá preto, etc.), refrigerantes e bebidas alcoólicas destiladas (pinga, uísque, etc.) ou fermentadas (cerveja). Essas bebidas atuam como diuréticos e aumentam a perda de líquidos e nutrientes pela urina.

·         Reduzir os alimentos gordurosos de origem animal e aumentar o consumo de azeite de oliva extra-virgem - rico em gorduras mono-insaturadas, diretamente associadas à redução do risco de desenvolvimento de doenças degenerativas. Apesar de caro, o azeite de oliva deve ser considerado um investimento em nossa saúde.

·         Diminuir o consumo de sal, pois se consumido em excesso, o sódio de sua composição pode levar à pressão alta ou hipertensão arterial.

·         Diminuir o consumo de açúcar refinado e das preparações que o contenham. Atenção: o excesso de açúcar se transforma em energia de reserva e aumenta nossa quantidade de gordura.

·         Dieta rica em cálcio - aumente o consumo dos alimentos que são fontes de cálcio, como leite, iogurte desnatado, queijos brancos e magros, soja e derivados, peixes, legumes, brócolis, couve, repolho, etc. O cálcio é fundamental para fortalecer os ossos, dentes e unhas. Só uma coisinha: não coma, na mesma refeição, alimentos fonte de cálcio com alimentos fonte de ferro (carnes, por exemplo), pois o cálcio prejudica a absorção do ferro e pode acabar sobrando uma anemia para você!

·         Procure incluir sementes de linhaça na sua alimentação diária, pois contém lignanas, um tipo de fitoestrógeno utilizado como alternativa na Terapia de Reposição Hormonal. O mesmo para os alimentos fonte de isoflavonas como os feijões, ervilhas, lentilhas grão de bico e a soja.

Uma alimentação balanceada é o alicerce para uma boa saúde. As fases de pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa precisam de muito equilíbrio nutricional para que seus possíveis danos orgânicos sejam minimizados e até excluídos. Por isso, lembre-se: todo o “querer” está em você, em sua mente.

            

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cuidados essenciais com a amamentação


Higiene

  • Antes de amamentar lave as mãos com água corrente e sabão e enxágüe bem.

  • Não lave os mamilos (bico dos seios), deixe o restinho do leite, pois ele também serve de cicatrizante para os seios.

  • Prepare seus seios durante a gestação, expondo-os 15 mim no solzinho das 8hr da manhã, assim eles não terão rachaduras nem fissuras.

  • Não use óleo ou hidratante nos seios.

Posição
Escolha a posição mais confortável para você e para seu bebê. Deixe a sua barriga juntinha com a barriga do seu bebe, assim você transmitira seu calor para ele e o deixará mais tranqüilo, protegido e amado.

Local
Escolha um local tranqüilo e sossegado para amamentar. Esse é um momento especial entre você e seu bebê.

Ao oferecer a mama
  • Não é indicado que as mães tentem "não asfixiar" o bebê puxando os seios de perto do nariz. Porque, se o bebê estiver pegando corretamente o seio, o nariz fica liberado para respiração, sem que a mãe segure o seio.

  • Verifique sempre se colocou toda a auréola (parte mais escura do seio) na boquinha do bebê.

  • Ofereça sempre os dois seios, não de prioridade para um.

  • Ao término da mamada, coloque o dedo mínimo no canto da boquinha do seu filho e puxe a mama suavemente. Assim você evita machucar os mamilos.











terça-feira, 16 de novembro de 2010

Transtornos da Infância Precoce e Primeira Infância



Existem diversos transtornos emocionais que qualquer ser humano está sujeito a ter, inclusive as crianças e adolescentes. O tratamento adequado desses transtornos de forma e em época adequadas proporciona não só às crianças e adolescentes um melhor desenvolvimento, senão também à família e, em última instância, à sociedade.


O contato precoce íntimo da criança com a mãe, imediatamente depois do nascimento terá um significado emocional muito grande para o futuro emocional da pessoa.

Os gestos e carinhos com que a mãe toca seu filho recém nascido, a conversa simbólica cujo significado é mais sentido que compreendido pela criança, a sensação tranqüilizadora que a criança sente quando sente seu corpo junto ao corpo da mãe, quando capta os batimentos cardíacos no peito da mãe são experiências afetivas primordiais que ficarão eternamente presentes no perfil afetivo dessa criança.

Esta etapa de relacionamento afetivo íntimo mãe-bebê tem sua influência mais marcante entre os 3 e 10 anos (da infância precoce até a idade escolar, ou primeira infância). E nessa etapa as crianças necessitam do relacionamento afetuoso com os adultos, de um contacto que estimule segurança, confiança e proteção.

Alterações no relacionamento mãe-filho nessa faixa etária podem ter conseqüências danosas ao desenvolvimento infantil e seqüelas que podem se perpetuar ao longo da vida adulta. Essas conseqüências dependerão da época (quanto mais precoces piores), das características afetivas inatas da criança, da personalidade da mãe e das circunstâncias desse relacionamento.

Transtornos da Alimentação – De 0 a 1 Ano
O Transtorno de Alimentação da Primeira Infância consiste na falha persistente em comer ou mamar adequadamente, que se reflete como um fracasso significativo para ganhar peso ou uma perda de peso significativa ao longo de pelo menos 1 mês (Critério do DSM.IV). Não se trata da conseqüência existe de uma condição gastrintestinal orgânica ou outra condição clínica, como por exemplo, do refluxo gastro-esofágico, mas uma perturbação alimentar de difícil explicação. Para que o transtorno alimentar seja considerado de primeira infância seu início deve ocorrer antes dos 6 anos de idade.

Com freqüência os bebês com transtornos da alimentação são irritáveis e difíceis de consolar principalmente durante a alimentação e, em outros momentos, eles podem ser apáticos e retraídos, bem como apresentar atrasos no desenvolvimento.

Em alguns casos o Transtorno de Alimentação da Primeira Infância coexiste com problemas na interação entre os pais e a criança, em geral caracterizados por reações agressivas dos pais diante da recusa alimentar do bebê.

Pode existir uma associação entre o Transtorno de Alimentação da Primeira Infância e dificuldades no ciclo sono-vigília, regurgitação freqüente e períodos imprevisíveis de vigília. No primeiro ano as recusas alimentares também podem ser conseqüências de separações traumáticas, porém, não é raro que aconteça o contrário, ou seja, que a criança mostre uma necessidade excessiva de alimento.

Recusa Alimentar
Os primeiros transtornos alimentares na infância podem aparecer logo na lactância através da recusa do peito materno ou da mamadeira. No começo dessa anorexia algumas crianças demonstram apenas passividade diante da comida, não realizam os movimentos de sucção e, depois de algum tempo, se negam a comer. As causas podem ser fisiológicas, como por exemplo, um reflexo de sucção mais lento, o fluxo do leite difícil ou a forma inconveniente do mamilo, ou mesmo devido a pouca necessidade de alimento.

As causas podem ainda ser psicológicas, neste caso, como uma reação negativa automática desencadeada pela ansiedade da mãe. Ainda por razões psicológicas, a criança pode apresentar recusa alimentar por ocasião do desmame do seio materno, manifestando-se, além da recusa alimentar, choro, agitação e/ou vômitos. Essa situação pode ser prevenida quando o desmame do seio é gradual. Durante o primeiro ano a relação comida-mãe tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança.
Às vezes, a recusa alimentar da criança reflete uma carência de atenção materna. São importantes as reações dos pais a respeito dessas dificuldades alimentares da criança. Normalmente os pais se desesperam diante da inapetência de seus filhos, mas, se forçam à alimentação com extrema rigidez, criam-se círculos viciosos onde a hostilidade e tensão passam a predominar, convertendo os atos de comer em verdadeiras lutas entre os pais e a criança.

Vômitos
No caso dos vômitos, o jato e a força do alimento expelido pela boca é proporcionada por fortes contrações da musculatura abdominal e podem ter uma grande variedade de causas. Entre essas causas a mais comum são o excesso de alimento oferecido, seguido pela voracidade e rapidez com que alguma crianças mamam e por atitudes extremadas das mães, sobreproteção ou de falta de atenção. A aerofagia, que é a ingestão de ar junto com o leite, também pode ser uma das causas.

Alguns psicólogos acreditam que, com muita freqüência, os vômitos se devem a dificuldades emocionais que a criança experimenta, e devem ser entendidos como uma tentativa de chamar a atenção, uma espécie de protesto ou um medo de perda da mãe.

Regurgitação ou Ruminação
A característica da Ruminação ou Regurgitação é a volta espasmódica da alimentação ingerida e re-mastigação de alimentos. Trata-se de uma dificuldade muito séria no processo alimentar que começa entre os 3 e 6 meses de idade, podendo persistir durante muito tempo.

O alimento parcialmente digerido é ejetado da boca ou, mais comumente, mastigado e engolido de novo, é regurgitado sem náusea, esforço para vomitar, repugnância ou transtorno gastrintestinal aparentes.
A Regurgitação não é devida a uma condição gastrintestinal ou outra condição clínica, como por exemplo, ao refluxo gastro-esofágico.

Os bebês com Ruminação ou Regurgitação exibem uma posição característica de tencionar e arquear as costas com a cabeça estirada para trás, projeta a mandíbula para frente e faz movimentos de sucção com a língua. A regurgitação ou ruminação não ocorre só depois que a criança se alimenta, mas sim em qualquer momento e, curiosamente, parecem ocorrer mais vezes quando a criança se encontra sozinha.

A literatura enfatiza o fato das crianças com Regurgitação serem habitualmente quietos, tristes, e que permanecem imóveis durante horas. Tem-se a nítida impressão que elas experimentam algum prazer com a ruminação e podem continuar fazendo movimentos de sucção como se buscassem alguma satisfação oral com isso.

Quando a regurgitação se regulariza, interrompe-se a perda de peso que a criança vinha apresentando caso contrário, o crescimento é deficiente, podendo aparecer distrofia grave e desidratação e desnutrição.
Ainda que se possa evitar o ato de ruminação mediante constante atenção ou distração à criança, uma melhora mais expressiva só pode se dar com o restabelecimento de uma boa relação entre a mãe e a criança. Em algumas ocasiões a regurgitação pode se confundir com os vômitos, sendo o aspecto voluntário da regurgitação a principal diferença.

Constipação
A constipação é a retenção fecal quando não existem anomalias anatômicas ou causas dietéticas. A pesar de, aparentemente, não parecer um problema importante, pode converter-se em um transtorno crônico e dificilmente reversível. A constipação na criança é considerada, também, como uma forma de expressar sentimentos de oposição, frustração e ansiedade.

Diarréia
Tanto em crianças quanto em adultos, as diarréias também se incluem entre os transtornos gastrintestinais cuja origem é a ansiedade e a depressão, exceto nos casos de uma possível ação de agentes infecciosos ou alergias alimentares.

Fonte: Ballone GJ - Transtornos da Infância, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.virtualpsy.org/infantil/infancia.html

O que é sedentarismo?


O sedentarismo pode ser definido como falta de atividade física suficiente e pode afetar a saúde da pessoa. A falta de atividade física não está ligada a não praticar esportes. Pessoas com atividades físicas regulares, como limpar a casa, caminhar para o trabalho, realizar funções profissionais que requerem esforço físico, não são classificados como sedentários. O sedentarismo acontece quando a pessoa gasta poucas calorias diárias com atividades físicas.

O sedentarismo é um dos fatores de risco intimamente relacionados com o aparecimento de doenças como a hipertensão, doenças respiratórias crônicas e distúrbios cardíacos. Pesquisas mostram que, o risco de se ter uma doença cardiovascular aumenta uma vez e meia nas pessoas que não têm uma vida ativa. Mais de 60% da população adulta não pratica exercício físico.

O primeiro passo para se ter uma vida saudável e combater o sedentarismo é consultar nutricionistas e personal trainers especializados, depois disso, mudar alguns hábitos de vida, de acordo com a orientação dos profissionais de nutrição em prática de exercícios. Exercícios como subir escadas em vez de utilizar elevadores, caminhar, andar de bicicleta ou mesmo passear com o cachorro são atividades que estimulam o bem estar físico e mental e reduzem, de forma eficaz, as consequências ligadas à inatividade. Para qualquer prática de exercícios um profissional de saúde deve ser consultado!

No caso de optar por uma prática esportiva ou uma outra atividade específica para emagrecimento, procure por um profissional na área de Educação Física para orientações adequadas, seguras e melhores resultados.

Algumas dicas sobre largar o sedentarismo e começar atividades físicas:

  • Pessoas sedentárias podem melhorar sua saúde e bem-estar ao ficarem moderadamente ativas de forma regular.

  • Atividade física não precisa ser extenuante para alcançar benefícios à saúde. Os melhores benefícios à saúde podem ser alcançados aumentando a quantidade (duração, freqüência, ou intensidade) da atividade física.

  • Praticar atividade física regular na maioria dos dias da semana diminui o risco de desenvolver várias doenças associadas ao sedentarismo.

Atividade física regular pode melhorar a saúde das seguintes formas:

  • Reduz o risco de morrer prematuramente.

  • Reduz o risco de morrer de doença cardiovascular.

  • Diminui o risco de desenvolver diabetes.

  • Reduz o risco de desenvolver pressão alta.

  • Ajuda a diminuir a pressão sanguínea.

  • Reduz o risco de desenvolver câncer de colón.

  • Diminui os sentimentos de ansiedade e depressão.

  • Ajuda a controlar o peso corporal.

  • Ajuda a manter ossos, músculos e articulações saudáveis.

  • Ajuda idosos a ficarem mais fortes e mais capazes de mover se cair.

  • Promove o bem-estar psicológico.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Algumas Dicas Para Ganho de Peso



1. Tente fazer de 5 a 6 refeições por dia. Café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar e um lanche antes de dormir. O maior fracionamento permite você controlar melhor seu apetite;


2. Evite ficar mais de 2 horas sem comer nada

3. Coma devagar e mastigue bens o alimentos. Isso favorece a digestão;

4. Prefira os carboidratos. Massas e pães são ótimas fontes energéticas. Prefira os pães integrais, pois são nutritivos e também ricos em fibras e vitaminas do complexo B, que mantêm os níveis de energia no organismo e deixam os olhos brilhantes e a pele macia. Procure incrementar os lanches com cereais integrais, farinha láctea, aveia, etc.

5. Tome leite integral/ Bater o leite integral com leite em pó, além de frutas e produtos instantâneos (sustagem, sustacal, sustain, supligen)/ Acrescentar leite integral em pó nas sopas;

6. Não abuse do açúcar nem do chocolate, pois contêm muito colesterol.

7. Prefira frutas suculentas (como: abacate, manga, morango, banana, etc.)

8. Mesmo que não esteja com fome, coma alguma coisa às refeições além de saladas.
Adicione passas, castanhas, torradinhas nas saladas, além de incrementar com molhos elaborados;

9. Aumente gradativamente a quantidade dos alimentos nas refeições, para que aumente a capacidade de armazenamento do estômago.

10. Evite comer qualquer outro alimento, antes das refeições principais, isto pode afetar seu apetite.

11. Não faça grandes pratos, você é do tipo que só de olhar grandes porções já se sente satisfeito. Coloque pouca quantidade no prato e repita.

12. Faça pratos bonitos, coloridos e atraentes (a aparência do alimento exerce muita influência sobre o apetite).

13. Consuma fibras, pois além de facilitar o trânsito dos alimentos no intestino, trazem entre outros benefícios a diminuição da absorção do colesterol;

14. Beba muita água durante o dia, no mínimo 8 copos.

15. Evite o consumo de frituras e durante as preparações alimentares, prefira os óleos ricos em gordura poliinsaturada (ex.: óleo de canola, girassol e milho). Usar azeite de oliva na salada é recomendável, pois é rico em gordura monoinsaturada; esses óleos ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares.

16. Musculação também ajuda a ganhar peso, mas sempre com orientação e nunca de modo exagerado.

A dieta deve favorecer a formação de tecido adiposo e muscular, e para tal prescreve-se um regime hipercalórico de fácil realização. A alimentação deve começar com pequenos volumes, que serão aumentados conforme a tolerância do paciente.

Os carboidratos têm alto rendimento energético, são depositados parte em gordura no organismo, economizam proteínas, têm alto grau de digestibilidade e moderado valor de saciedade, o que facilita sua administração em quantidades maiores. Por esses motivos são nutrientes fundamentais em uma dieta de ganho de peso. 

As proteínas devem ser prescritas em quantidades moderadas para não sobrecarregar as funções renais e hepáticas, e porque têm alto valor de saciedade. 

As gorduras, por sua vez, integram o regime em quantidade pequena pelo seu alto valor de saciedade e por reduzirem a secreção e a motilidade gástricas. A água deve ser ingerida em grande quantidade, mas fora do horário das refeições, para não perturbar a função gástrica.

DIETA HIPERCALÓRICA PARA GANHO DE PESO

Desjejum:
1 copo grande de leite integral ou 1 copo de iogurte natural
2 fatias de pão integral ou 4 torradas ou 4 bolachas de
água e sal ou 1 xícara de cereal integral
1 fatia grande de queijo branco ou 1 fatia media de mussarela ou queijo prato ou 1 colher de requeijão reduzido em gorduras
1 fatia media de presunto magro ou peito de peru
1 fruta ou suco

Lanche da Manhã:
1 copo grande de leite ou iogurte ou suco de frutas ou vitamina de frutas
4 bolachas água e sal ou 4 torradas

Almoço:
1 prato de salada crua
4 colheres de sopa cheias de legume cozido
6 colheres de sopa cheias de arroz ou macarrão ou 3 batatas médias ou 2 mandiocas pequenas ou 3 mandioquinhas
1 concha de feijão ou lentilha ou 4 colheres de sopa de ervilha ou vagem
1 pedaço grande de carne de boi magra, frango ou peixe; ou 2 ovos cozidos (consumir ovo no máximo 2 vezes por semana, se você não tiver nenhum problema com o colesterol)
1 fatia de bolo simples ou 1 fruta (banana/ abacate/ uva/ manga)

Lanche da tarde:
1 tigela (250ml) de leite com cereais integrais e frutas picadas (maçã e banana) e mel

Jantar:
idem almoço

Ceia:
1 copo grande de leite ou iogurte
2 fatia de pão integral ou 1 xícara de cereal integral
1 pedaço grande de queijo branco ou 1 fatia media de
mussarela ou queijo prato
1 fruta

Fonte e mais informações: http://www.rgnutri.com.br/